terça-feira, julho 25, 2006

Adeus...

Hoje não vou dizer o que sinto por palavras alheias. Talvez por este ser o último post deste blog apetece-me falar por palavras minhas.

Porquê o último?

Deixei de ter motivos para escrever aqui porque a pessoa para quem escrevia deixou
de o ler.

Peço desculpa aos outros leitores, mas o blog era para ele e sem ele não existem mais motivos.

Foi aqui que durante quase um ano lhe disse que me tinha apaixonado... que tinha saudades (como tenho agora)... que o provoquei... Foi aqui que lhe disse tudo o que não tive coragem ou apenas não podia.

Como quase todos os posts foram dedicados a ele, este último não poderia ser diferente.

Tenho um último recado para lhe dizer. Tenho que confessar uma coisa (e falando directamente) – Tornaste-te mais que um jogo!

Mas, e porque tudo na vida tem um fim, esta estória também teve que acabar e com ela acaba também o blog. Virei a página...

Vou ter saudades de arranjar palavras alheias que descrevessem o que eu sentia. Mas com esta busca descobri muitos outros blogs fantásticos que não deixarei de ler e que aconselho:

-
http://www.inconfessaveis.blogspot.com/ (que me traz muito boas recordações. Lê-lo a dois foi uma experiência fantástica!)

-
http://www.corposalmas.blogs.sapo.pt/ (onde sempre encontrei um texto que expressava o que eu sentia)

Talvez um dia tenha mais recados para mandar!

E porque o que seria de mim sem uma citar alguém, aqui está um excerto do meu livro preferido – O Principezinho de Saint-Exupéry

"E quando estava a regar a flor pela última vez e se preparava para cobri-la com a redoma, sentiu uma grande vontade de chorar.
- Adeus – disse para a flor.
Mas ela não lhe respondeu.
- Adeus – repetiu o principezinho.
A flor tossiu. Mas não era por causa da constipação.
- Fui muito parva – acabou por dizer. - Desculpa. Tenta ser feliz.
Ficou espantado (...) Não conseguia entender aquela mansidão, aquela calma.
- Porquê essa admiração? É óbvio que eu gosto de ti – disse a flor. - Por culpa minha nunca o soubeste. Mas, hoje, isso já não tem importância nenhuma. Olha, tu também foste tão parvo como eu. Agora tenta ser feliz..."




dEUS - Nothing Really Ends

Queria poder advinhar... Saber se ele leu este último post... O que sentiu...

Adeus...

quinta-feira, julho 20, 2006

"Eu considero-me uma pessoa sensível e inteligente com a alma de um palhaço, que me leva sempre estragar tudo nos momentos cruciais." Jim Morrison

segunda-feira, julho 17, 2006

Confesso...


Victor Ivanovski


"Roubado" e adaptado do vizinho www.inconfessaveis.blogspot.com


É agora, agora mesmo,
um daqueles momentos em que gostava de encontrar-te aqui.

Já não tenho saudades tuas;
saudades da tua sensualidade invulgar;
saudades das tuas meias frases que não diziam nada mas admitiam tudo.
Confesso...
Tenho saudades de fantasiar,
de fantasiarmos juntos.

Sei o que senti e qual foi a sensação.


É como se fizesses parte de um passado;
como se tivessemos uma história.
Quando na realidade nada tivemos.
Mas por outro lado dei tanto de mim.

Passado não tivemos.
Futuro também não
e o presente?

Foi virtual?
Muita conversa mas impessoal?

Como foi possível?
Eu senti que era pessoal.
Muito pessoal.

Como será que tu sentiste tudo isto?
Também me sentiste?
Também me quiseste?
Conseguiste livrar-te da minha sombra

Fizeste-me bem!
E fizeste-me mal.
BEM, quando pensei em ti com carinho.
MAL, quando me senti sozinha e querendo-te tanto.

Onde estavas?

Só queria um toque nas costas "estou aqui".





Portishead - Wandering Star

O meu vício de ti não vai passar...

Amigos como sempre
Dúvidas daqui pra frente
sobre os seus propósitos
é difícil não questionar.
Canto do telhado para toda a gente ouvir
os gatos dos vizinhos gostam de assistir.

Enquanto a musica não me acalma
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
e não percebo porque não esmorece
ao que parece o meu corpo não se esquece.

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti

Levei-te à cidade, mostrei-te ruas e pontes
Sem receios atrai-te as minhas fontes
Por inspiração passamos onde mais ninguém passou
Ali algures algo entre nós se revelou.

Enquanto a música não me acalma
não vou descer, não vou enfrentar
o meu vício de ti não vai passar
não percebo porque não esmorece
será melhor deixar andar
Será melhor deixar andar

Não me esqueci, não antevi, não adormeci, o meu vício de ti


Eu canto a sós pra cidade ouvir
e entre nós há promessas por cumprir
mas sei que nada vai mudar
o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...



Mesa - Vício de Ti